Mulher ao espelho
Cecília Meireles
Hoje que seja esta ou aquela,
pouco me importa.
Quero apenas parecer bela,
pois, seja qual for, estou morta.
Já fui loura, já fui morena,
já fui Margarida e Beatriz.
Já fui Maria e Madalena.
Só não pude ser como quis.
Que mal faz, esta cor fingida
do meu cabelo, e do meu rosto,
se tudo é tinta: o mundo, a vida,
o contentamento, o desgosto?
Por fora, serei como queira
a moda, que me vai matando.
Que me levem pele e caveira
ao nada, não me importa quando.
Mas quem viu, tão dilacerados,
olhos, braços e sonhos seus
e morreu pelos seus pecados,
falará com Deus.
Falará, coberta de luzes,
do alto penteado ao rubro artelho.
Porque uns expiram sobre cruzes,
outros, buscando-se no espelho.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
no último sábado dia 01/05 Na feira do livro em poços de caldas, tivemos o prazer de receber na roda de debate no teatro da urca o poeta marginal Sérgio Vaz. Além de algumas posições e idéias ele lançou alguns dos seus poemas que fizeram o teatro extremecer, muito bom. A jornalista Jéssica balbino fez as honras da casa entrevistando o Vaz... Além de mim Tiago, o lucão, o Bruno, e o Diegão, todos da zona sul poços caldense, compareceram para prestigiar o poeta marginal... A galera não vê a hora de comparecer no sarau organizado na cooperifa pelo Vaz e seus amigos poetas.. Salve salve galera... a poesia não pode parar
terça-feira, 4 de maio de 2010
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